O presidente do Sindicado dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro, em entrevista ao CT, na Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira, 30, disse que houve um “acordo entre todos os deputados [da base e de oposição] para não votar a data-base este ano”. “Infelizmente, um direito de nós servidores, que era para ser concedido em outubro não foi concedido esse ano e não foi por falta de cobrança nossa, que estamos nos mobilizando desde novembro”, declarou o sindicalista.
Para Cleiton Pinheiro, não era “intenção” da base do governador Gaguim (PMDB) aprovar esse reajuste. “Na sessão desta quinta ficou caracterizado esse acordo. A base é maioria, poderia ter votado esse projeto sem a oposição e não compareceram”, indagou o presidente. Apenas sete deputados, sendo seis da base e um da oposição, compareceram a Assembleia nesta manhã.
A bancada de oposição na Assembleia é formada por sete deputados, enquanto a base do governador tem 14 parlamentares.
O presidente do Sisepe ainda se queixou do governador Carlos Gaguim (PMDB), que, segundo ele, “demorou muito” para mandar o projeto sobre a data-base para a Assembleia. O projeto, elaborado pelo Executivo, que autoriza o reajuste para todos os servidores foi enviado para a Casa de Leis na segunda quinzena de dezembro.
Governo Siqueira
Mediante a falta de quórum, o presidente da Assembleia, deputado Júnior Coimbra (PMDB) encerrou o ano legislativo. A previsão agora é que o projeto seja votado em fevereiro e sancionado pelo governador Siqueira Campos (PMDB), que ainda poderá propor alteração na matéria.
Cleiton Pinheiro informou que os servidores continuarão lutando pelo reajuste de 4,68% e pelo retroativo, a partir de outubro. “Isso é um direito do servidor”, disse.
(Fonte: Portal CT - Texto: Valmir Araújo)