A 7ª Jornada Nacional de Debates promovida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), juntamente com as Centrais Sindicais, reuniu nesta quarta-feira, 11, lideres sindicais representantes de diversas categorias de servidores públicos e do setor privado,
Na ocasião, o palestrante Rodolfo Viana, técnico do Dieese-São Paulo, abordou os temas ‘Negociações coletivas em 2012 e Rotatividade’, trazendo para o Estado resultados de pesquisas realizadas pelo Dieese que podem dar suportes a discussões locais, como na revisão geral anual (data base), por exemplo. De acordo com a explanação, há uma tendência positiva a conquistas de ganhos reais nas negociações coletivas no país. Entre os anos de 2008 e 2011, os acordos, segundo o Dieese, em sua maioria tem resultado em ganhos de até 2% acima da inflação.
Mais direcionado ao setor privado, o tema rotatividade – que consiste na substituição dos trabalhadores no mercado, seja por demissão, termino de contrato, aposentadoria, entre outros – abordou a preocupação dos órgãos ligados ao trabalho em reduzir essa taxa de substituição de empregados no mercado brasileiro. No Brasil, o mercado se caracteriza, segundo o Dieese, por forte rotatividade, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Para o Dieese, a rotatividade até pode ser vista por um aspecto positivo, quando o empregado deixa uma empresa tendo em vista melhoria salarial em outra; mas é usada muitas vezes pelos empregadores como estratégia para redução salarial – à medida que a empresa demite um empregado que já alcançou melhorias salariais para contratar outro para o mesmo posto pagando apenas o piso. No Tocantins, porém, segundo o Dieese, a taxa de rotatividade está abaixo da média nacional.
A palestra foi precedida de uma breve explanação sobre os indicadores macro econômicos e os fatores que têm contribuído para o crescimento econômico brasileiro. Segundo o Departamento, o consumo representa a parcela mais significativa do Produto Interno Bruto (PIB) do país e este está diretamente ligado ao aumento da geração de emprego. O que é preciso melhorar agora - e é posto como um desafio para as entidades classistas - é a remuneração média dos empregados que não acompanha o crescimento da geração de empregos nem da massa salarial.