Foi aprovado no Senado Federal, na última quarta-feira, 06, um requerimento da senadora Kátia Abreu (PMDB) que busca esclarecimentos sobre as aplicações do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev). O requerimento foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos e pede a convocação do secretário estadual das Relações Institucionais e ex-presidente do Conselho de Administração do Igeprev, Eduardo Siqueira Campos (PTB); do diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Roberto Troncon Filho; do diretor do Departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público, do MPS, Otoni Guimarães; e do presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Gomes Pereira.
Também devem ser convocados o presidente do SISEPE-TO, Cleiton Pinheiro e o presidente SINTRAS-TO, Manoel Miranda, juntamente com os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Doris Coutinho e Herbert Carvalho. Os presidentes das duas entidades classistas representarão os servidores públicos nas discussões.
Para o SISEPE-TO, a discussão do tema no Senado Federal representa mais um avanço para a responsabilização dos envolvidos nas irregularidades apontadas nas auditorias do Ministério da Previdência Social. “A convocação vai fazer com que aqueles que têm que prestar esclarecimentos ao servidor realmente falem o que aconteceu. Diferente da audiência pública, na qual os representantes são convidados. Convocação é convocação e os ex-gestores terão que esclarecer o que aconteceu com as aplicações do Igeprev”, enfatizou Cleiton Pinheiro.
Ainda segundo ele, o resultado das discussões vai subsidiar o trabalho dos Sindicatos e Associações dos servidores, na elaboração da minuta dos projetos de lei cujo intuito é estabelecer alterações profundas na gestão do Instituto.
PREJUÍZOS
Os relatórios das auditorias realizadas pelo Ministério da Previdência Social (MPS), no Igeprev, revelaram irregularidades e rombos milionários ao FUNPREV, advindos da má aplicação dos recursos dos servidores.
Segundo o MPS, só com investimentos nos bancos BVA e Rural, liquidados pelo Banco Central, o Igeprev teve um prejuízo de R$ 298 milhões. “As entidades estão estudando maneiras de fazer com o que Governo devolva esse dinheiro ao Fundo. O servidor não pode ter sua aposentadoria prejudicada por conta da irresponsabilidade dos gestores. Estamos pensando, inclusive, em incluir no orçamento do Estado para o ano que vem. Vamos brigar por isso, pois, para os Sindicatos, não importa o momento político ou as diferenças partidárias. Nós trabalhamos com dados técnicos fornecidos pelo Ministério da Previdência e pelo DIEESE, instituições renomadas nacionalmente”, esclareceu Pinheiro. (Assessoria de Comunicação SISEPE-TO, Ana Mariana Araújo)