A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO) participou, nesta quarta-feira 22, da VIII Jornada Nacional de Debates do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). O evento aconteceu em Palmas, no auditório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Superintendência Regional do Tocantins.
O SISEPE-TO é filiado à Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NSCT). O presidente Cleiton Pinheiro não pode comparecer mas foi representado pelo vice, Nivaldo Pedrosa. Na mesa de debates, Pedrosa também representou a NCST no Tocantins. “A diretoria do SISEPE-TO sempre se mobiliza para participar desses eventos tendo em vista receber as informações e repassá-las ao servidor público, para mantê-lo bem informado sobre seus direitos”, disse.
Além do SISEPE-TO, outras entidades sindicais do Tocantins também participaram do evento.
JORNADA
Na programação, o economista e supervisor do DIEESE no Distrito Federal, Clóvis Scherer, ministrou a palestra intitulada Negociações Coletivas, Crescimento, Salários. Assuntos como PIB, crescimento econômico em 2013, rotatividade no emprego, evolução do salário mínimo real, inflação, resultados das negociações de reajustes salariais nos últimos anos, entre outros, foram abordados.
Na apresentação do DIEESE, Scherer comentou o ranking das principais reivindicações de greves na esfera privada no Brasil, em 2012. Segundo ele, reajuste salarial deixou de ser a principal reivindicação dos trabalhadores e aparece na terceira colocação. Enquanto isso, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e auxílio alimentação lideram o ranking ocupando, respectivamente, primeira e segunda colocação.
Entre as tendências para 2013, o DIEESE alerta para um cenário econômico mais positivo que em 2012.
TOCANTINS
A realidade regional também foi ressaltada na Jornada do DIEESE. Com informações baseadas no Censo do IBGE de 2010, Scherer deu destaque às estatísticas que apontam que 41% da população ocupada (trabalho formal) no Tocantins era de assalariados com carteira ou servidores públicos estatutários. “O que demonstra um número muito alto de pessoas na informalidade”, acrescentou.
O estudo também revelou que metade da população ocupada, contribui com Previdência Social e que cerca de 40% dos ocupados tem escolaridade inferior ao ensino fundamental completo.
Por outro lado, o crescimento do emprego na Construção Civil foi um ponto positivo. “Apesar da economia do Tocantins ainda ser bastante dependente do setor público, o emprego na construção civil apresentou um crescimento em torno de 10% nos últimos anos”, afirmou o economista do DIEESE.
“O Tocantins tem crescido e tem um mercado de trabalho que está se expandindo. Mas há precariedade muito forte, expressa pelo baixo percentual de trabalhadores com proteção legal, seja pela CLT ou estatutários, além da pouca adesão à previdência. São problemas que podem ser corrigidos pela administração pública, mas principalmente pela organização do movimento sindical”, argumentou Clóvis Scherer. (Assessoria de Comunicação SISEPE-TO, Ana Mariana Araújo)