DO PORTAL CP - Por Cleiton Pinheiro Presidente do SISEPE-TO e da ASSECAD Pessoas que trabalharam mais de 30 anos ou 40 anos para alcançarem a aposentadoria e muitos precisam continuar trabalhando, pois o dinheiro que recebem não é suficiente para o seu sustento e dos seus familiares, pois muitos aposentados têm dependentes. A realidade é dura para os aposentados, pessoas que outrora movimentavam a economia do Brasil com sua força de trabalho e que agora são vistos como um peso e prejuízo. Mas, a verdade é, os aposentados contribuíram e contribuem e muito com a economia e com a sociedade. E o que os aposentados do Tocantins têm para comemorar neste 24 de janeiro de 2020? O ano de 2019 foi carrasco com os aposentados do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev), ou melhor, o governador Mauro Carlesse que concedeu uma revisão das aposentadorias de apenas 1%, sendo que o índice devido, definido por lei, era outro. Aos servidores que se aposentaram pela média do período contributivo, ficando de fora da paridade, suas aposentadorias devem ter o reajuste anual na mesma data do salário mínimo, com base no INPC apurado nos últimos 12 meses. Já os aposentados no regime de paridade, valor definido pela última remuneração do cargo, têm direito a revisão geral anual concedida aos servidores públicos ativos do Poder Executivo estadual. O que ocorreu em 2019? Sem cumprir a legislação, o governador Mauro Carlesse concedeu uma Data-base em 2019 de 1%, sendo que o índice correto – INPC apurado de maio de 2018 a abril de 2019 – é 5,0747%, logo impactando de forma negativa os servidores ativos e inativos, do regime de paridade. Os aposentados de fora da paridade têm direito de receber a revisão em janeiro, no mesmo período do reajuste do salário mínimo e no mesmo índice adotado pelo INSS: INPC apurado nos últimos 12 meses, ou seja, janeiro a dezembro do ano anterior. Logo, esses aposentados deveriam ter tido a revisão em janeiro de 2019 com índice de 3,43%. Estamos falando de grandes prejuízos para setores mais vulneráveis. Os aposentados da paridade, que também tiveram o reajuste depois da data, que é 1º de maio, acumulam um prejuízo de mais de 80%. Já os aposentados de fora da paridade e também os pensionistas, um prejuízo de mais de 71%. Essa situação ocorrida com os aposentados do Igeprev é muito grave e não podemos aceitar e nós servidores ativos temos que nos indignar e cobrar uma posição do governador Mauro Carlesse, pois amanhã somos nós que estaremos aposentados e estaremos em uma posição mais vulnerável. Vamos aproveitar este 24 de janeiro para abraçar essa causa e mudar essa realidade em 2020. Vamos entender que temos que ocupar o Igeprev e tomá-lo, pois se os servidores não assumirem o seu gerenciamento sempre haverá problemas para os aposentados e pensionistas. E vamos abraçar os aposentados próximos de nós e lembra-los, que eles não estão sós.