Onde está a fake news? Porque a MP do Igeprev foi votada e aprovada na terça-feira à noite

30/04/2020 11/05/2020 16:25 278 visualizações
"Calada da noite": quietude, silêncio completo. Foi assim que os deputados estaduais aprovaram a MP nº 6, que altera a estrutura do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev), após às 20 horas, na terça-feira, 28, na Comissão de Finanças, Tributação e Controle, sendo encaminhada à Comissão de Defesa de Consumidor e Serviço Público, que distribuiu a Medida Provisória, naquela mesma noite, tendo como relator Júnior Geo. Na Comissão de Finanças a MP nº 6 foi relatada pelo deputado Ivory Lira, sendo que a reunião foi presidida pelo deputado Issam Saado. Um pouco antes de tramitar na Comissão de Finanças, ainda na mesma terça-feira, a MP do Igeprev foi votada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), tendo como relatora da matéria, a deputada Valderez Castelo Branco, e o presidente da comissão, Ricardo Ayres. Logo, conforme divulgado pelo SISEPE-TO na terça-feira, à noite, os deputados estaduais, na calada da noite, sem a presença dos interessados no tema, votaram a Medida Provisória nº 6, que altera a estrutura de controle e fiscalização da gestão da previdência de todos os servidores públicos estaduais, ou seja, do Igeprev. E, ainda seguindo o mesmo release, o SISEPE-TO informou na terça-feira que a Comissão de Defesa do Consumidor e Serviço Público se reuniria no dia seguinte, quarta-feira, 29, às 10 horas, e a MP nº 6 deveria voltar para a pauta. Em razão do relator da MP nº 6, Júnior Geo, que inclusive foi questionado pelo presidente da Comissão, Elenil da Penha, não ter entregue o relatório, a votação foi adiada nessa comissão. Júnior Geo informou que não entregaria o relatório na quarta-feira, 28, e que usaria o tempo de oito dias para fazer o parecer. O SISEPE-TO não utiliza a prática de espalhar fake news, pelo contrário, tem buscado levar informações de relevância pública à imprensa, conforme foi feito na terça-feira, pois os veículos de comunicação do Tocantins também não tinham conhecimento da votação da MP do Igeprev, pois a mesma votação conforme já afirmado pelo SISEPE-TO ocorreu na calada da noite, os deputados utilizaram da quietude e silêncio para tentar passar uma matéria tão importante e assim não responder os questionamentos de tal ato. O SISEPE-TO também busca informar os servidores públicos sobre assuntos de relevância, que os atingem diretamente. Agora, temos que falar do papel da Assembleia Legislativa e dos deputados estaduais, que ao ter sua manobra de votar uma Medida Provisória tão importante de forma silenciosa e sem nenhuma divulgação à imprensa e aos interessados frustrada, ataca o sindicato que fez o seu papel de trazer à luz tal votação, que traz o assunto ao público novamente. O SISEPE-TO segue cumprindo o seu papel na defesa do servidor público e do serviço público. Agora, qual papel os deputados estaduais estão assumindo ao votar a MP nº 6 que fragiliza o controle e a fiscalização do Igeprev, gestor do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) de todos os servidores públicos estaduais? Qual interesse os deputados estaduais estão defendendo? Porque reduzir a fiscalização não atende o interesse dos servidores públicos.