Uma servidora pública, sindicalizada ao SISEPE-TO, narra suas dificuldades em usar o Plansaúde, sua peregrinação em busca de médicos e exames em Palmas, pois não têm profissionais de saúde ou laboratórios disponíveis no interior do Estado. A servidora pública Luciana Cardoso Monteiro de Cerqueira reside em Almas, 294 quilômetros da Capital, região Sudeste do Tocantins, e relata suas dificuldades em usar o plano de saúde na Capital, gastos excessivos com hospedagem, transporte, viagens e alimentação, em nota de repúdio. O SISEPE-TO encaminhou sua nota ao secretário estadual de Administração (Secad), Bruno Barreto, responsável pelo Plansaúde. O
Ofício nº 170 foi protocolado nesta sexta-feira, 21. O SISEPE-TO avalia que a nota de repúdio traz a situação de milhares de servidores públicos que residem fora de Palmas e não têm o atendimento do Plansaúde. “Por isso, o SISEPE-TO exige que o secretário Barreto adote as providências para garantir o direito à saúde e à dignidade dos servidores públicos. E temos que destacar que os usuários do Plansaúde estão com os pagamentos em dia”, destaca o presidente SISEPE-TO, Cleiton Pinheiro. Também é ressaltado no ofício que os prestadores de serviços e profissionais de saúde estão deixando de realizar os atendimentos e procedimentos em virtude da ausência da realização dos pagamentos por parte do Plansaúde. O SISEPE-TO ainda pontua que a Secad mudou a empresa responsável por auxiliar o Plansaúde da Infoway para I-Tech, uma mudança sem repassar aos seus milhares de usuários, quase 90 mil pessoas, sem informações ou explicações. “É preciso pontuar que o Plansaúde deve garantir aos seus usuários a assistência à saúde, por meio de serviços de medicina preventiva, curativa e suplementar, e do tratamento odontológico. Então, requeremos apenas que seja garantido o cumprimento do que consta na Lei 2.296/2010, que trata do Plansaúde”, finaliza Cleiton Pinheiro.
Nota de Repúdio ao Governo do Estado do Tocantins, ao Plansaúde e às operadoras do plano Infowey e Servir Me sinto humilhada quando preciso ir à Palmas para atendimento médico e não consigo realizar meus procedimentos. Mesmo que eu me organize, o plano sempre não corresponde às minhas expectativas. Quem mora em Palmas pode se ausentar para consulta, fazer os exames e depois retornar com toda tranquilidade, pois está em casa. Para nós, servidores que não residimos em Palmas, a um tratamento desigual, uma discriminação dos mesmos quanto ao nosso atendimento, gastamos com transporte para consulta, chego a Palmas tenho que me hospedar, alimentar. Quando o médico me pede exames, minha luta começa quando eles não podem ser feitos de imediato. Tenho que esperar no mínimo sete dias úteis para que os auditores autorizem, existem exames que leva a espera de 21 dias. Mas, como me manter em Palmas por sete ou mais dias e fazer exames? Tenho que esperar mais sete dias para os resultados ficarem prontos, detalhe, ainda esperar o retorno médico. Fica impossível ficar em Palmas, uma servidora pública fora do seu trabalho. Retorno para minha cidade, volto depois que o plano autorizar os procedimentos, mas antes disso faço uma maratona de ligações para ver quem faz os procedimentos pelo plano, pois as clínicas e hospitais estão recusando o mesmo. E se consigo fazer exames volto para minha cidade, pois tenho que aguardar mais sete dias para os resultados ficarem prontos. Detalhe houve gasto novamente com hospedagem, alimentação e transporte. Depois que os resultados ficam prontos tenho que marcar o retorno, o que gera outra consulta descontada do plano, pois já se foram um mês nessa Luta. E venho a Palmas novamente e gasto com hospedagem, alimentação e transporte. E assim continua minha luta se o médico pede outros exames, porque ainda não conseguiu fechar meu diagnóstico. Começa tudo outra vez. Sabe o que tenho Saudades??? de um Governo que respeite seus servidores. Luciana Cardoso Monteiro de Cerqueira – servidora pública em Almas (TO)