A Nova Central Sindical de Trabalhadores no Tocantins (NCST-TO) lamenta a morte do grande líder sindical José Calixto Ramos nessa quarta-feira, 3, no hospital em Recife, em consequência da Covid-19. É muito triste e um grande baque ao movimento sindical, que está em luto em todo o Brasil. José Calixto, 92 anos, presidia a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), organização nacional dos trabalhadores, independente, classista e autônoma, que reúne cinco confederações, 82 federações, 1078 sindicatos e cerca de 10 milhões de trabalhadores no Brasil. Os sindicatos que integram a NCST-TO e sua diretoria desejam pêsames aos familiares e amigos de José Calixto, que o Senhor possa ajudá-los a superar essa terrível perda. E o movimento sindical fica mais pobre com o seu seu falecimento, porém seu legado de luta em defesa dos trabalhadores brasileiros será eterno.
Perfil: José Calixto Ramos é pernambucano de Ipojuca, nascido em 14 de outubro de 1928, com formação profissional em mecânica de máquinas. Como ativista sindical, foi delegado e também secretário do STI Metalúrgico de Recife, chegando à presidência em 12 de agosto de 1965. Fundou a Federação dos Trabalhadores na Indústria no Estado de Pernambuco, ocupando o cargo de secretário até transferir-se para Brasília, na condição de vice-presidente da CNTI. Em 10 de outubro de 1983, Calixto assumiu a presidência da Confederação. No ano de 1985, em pleito nacional, foi eleito presidente da CNTI. A partir de 1986, conduziu a participação da classe trabalhadora durante as discussões na Assembleia Nacional Constituinte, em grande mobilização no Congresso Nacional, conquistando a inclusão das reivindicações dos trabalhadores na Carta Cidadã, promulgada em outubro de 1988. Paralelamente, ao comando da CNTI, Calixto foi representante dos trabalhadores no Conselho Deliberativo da Sudene, no Conselho Federal de Mão de Obra, no Conselho Monetário Nacional e no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Foi ainda Ministro classista representante dos trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho, no período de 1989 a 1995, quando houve a extinção da classe. Sob sua coordenação, foram criados a Coordenação Confederativa dos Trabalhadores (CCT), em 1996; o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), em 2003; e a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), em 2005, entidade presidida por ele até a data de ontem (03/02/2021).