Enquete mostra que servidor público rechaça parcelamento de 96 vezes para passivos das datas-bases e progressões
12/04/202212/04/2022 10:29 990 visualizações
Os servidores públicos estaduais não concordam com o parcelamento em 96 vezes proposto pelo Governo do Tocantins para pagar os retroativos das datas-bases e das progressões. É o que aponta o resultado da enquete realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO) em seu site institucional, que buscou conhecer a opinião dos servidores sobre o parcelamento e também sobre a antecipação opcional dos valores por meio de instituições financeiras.A votação ficou aberta no site do Sindicato no período compreendido entre 25 de março e 06 de abril. O Sindicato perguntou se os servidores concordam com o pagamento dos valores retroativos em até 96 vezes e quase 89% (1.061 votos) dos votantes disseram não concordar.Em seguida, o Sindicato perguntou se, não havendo a possibilidade de reduzir a quantidade de parcelas, o servidor era a favor de que fosse liberado para anteciparem esse valor através das instituições financeiras (de forma opcional). Quase 70% disseram que sim e os servidores que não concordam com a antecipação somaram 30,38% dos votos.O parcelamento em 96 vezes foi aprovado na Assembleia Legislativa e sancionado pelo Governador Wanderlei Barbosa na Lei nº 3.901, de 31 de março de 2022, publicada no Diário Oficial do Estado nº 6.061, de 1º de abril deste ano. O SISEPE-TO vinha lutando para que o Governo percebesse a insatisfação da categoria diante de um parcelamento tão longo e reduzisse a quantidade de parcelas. A proposta apresentada pelo Sindicato previa o início do pagamento na folha de março deste ano, em 36 parcelas mensais. O Governo, no entanto, não quis dialogar com a categoria e fez o parcelamento da forma como quis, unilateralmente e sem consenso com os servidores.“A nossa proposta sempre foi uma só: implementar os índices da data-base de forma integral no contracheque do servidor, pagar as progressões devidas a todos e quanto aos passivos, que fosse na menor quantidade de parcelas possível. A nossa proposta para os passivos era de parcelas em, no máximo, 36 vezes. Infelizmente, o Governo se mostrou mais uma vez arbitrário e não ouviu a categoria e sequer chamou o Sindicato para negociar”,contou o presidente do SISEPE-TO, Cleiton Pinheiro.O Sindicato também cobrou que o parcelamento devia ser feito levando em consideração o montante total devido a cada servidor.“Para o servidor que tem valor menor a receber, o Governo pagasse em menos parcelas, pois não justifica um servidor ficar recebendo parcelas mensais tão pequenas como aconteceu com a aprovação da Lei nº 3.901, sendo que esses são os servidores que mais precisam do dinheiro. Para os servidores que tem valores acima de R$ 100 mil, neste caso sim, até justificaria um parcelamento maior”,explicou o presidente Cleiton Pinheiro.SAIBA MAISAssunto: ENQUETE DO SOBRE O PARCELAMENTO DOS RETROATIVOS DAS DATAS-BASES E PROGRESSÕES ATRASADAS1) VOCÊ CONCORDA COM O PAGAMENTO DOS VALORES RETROATIVOS DAS DATAS-BASES E DAS PROGRESSÕES, EM ATÉ 96 VEZES?NÃO 88.94% (1062 votos)SIM 10.97% (131 votos)2) NÃO HAVENDO A POSSIBILIDADE DE REDUZIR A QUANTIDADE DE PARCELAS, VOCÊ É A FAVOR DE QUE SEJA LIBERADO PARA ANTECIPAREM ESSE VALOR AO SERVIDOR ATRAVÉS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS (DE FORMA OPCIONAL)?SIM 69.56% (873 votes)NÃO 30.44% (382 votes)(Assessoria de Comunicação SISEPE-TO)